Fiquei 4 dias em Bruges (você pode ver o post aqui) e 4 dias em Bruxelas. Quando meu marido me disse “vamos para a Bélgica” eu pensei “what? O que tem na Bélgica para fazer?” Ele disse “cervejas, chocolates, waffle e batata frita, ué”. Na hora me dei por convencida. Ok, somos um casal que pauta a viagem sempre pela comida (aliás, pensando em mudar de ramo e virar blogueira fitness, porque volto dessas viagens gorda e pobre ha! ha! ha! ha!). Por esta razão, a gente tem um apego muito grande pela França por causa de sua culinária (depois seguimos viagem para a Normandia e Bretanha, em breve você verá um post sobre estes lugares e ah, me aguentem por favor, serei monotemática esses dias no blog somente com o assunto viagem).
Ficamos hospedados no centro a uma distância de uma quadra da Galeria St-Hubert (são três galerias ligadas uma à outra), que foi inaugurada pelo rei Leopoldo I, em 1847, com estilo neorrenascentista, e já foi muito frequentada pela alta sociedade e pessoas como Victor Hugo. É uma galeria linda, com algumas lojas chiquetosas de marcas famosas, cinema, teatro e lojas de chocolates incríveis (fiz um vídeo sobre essas lojas que você pode ver aqui). E tinha também uma unidade do Le Pain Quotidien nesta galeria, que foi o lugar que optamos em tomar os nossos cafés da manhã. Ir para a Bélgica e não comer na Le Pain Quotidien é como ir a Roma e não visitar o papa, sabe? Rs. É uma excelente rede para cafés da manhã, lanchinhos e refeições leves. Eles são absolutamente preocupados com produtos orgânicos e os pães são incríveis (aliás, o mundo está preocupado com o que consome e nós também deveríamos passar a nos preocupar, né?). A nossa sorte é que há um tempo o Le Pain Quotidien abriu algumas unidades aqui em São Paulo.
Aliás, sempre que volto de viagem, me dá aquele banzo pós viagem, sabe? Mas uma coisa que me deixa muito feliz é que quando a gente volta de um país como a Bélgica ou França, a gente vai sim encontrar (quase) tudo que tem lá: croissants com qualidade (ah, me deixa ser apegada a um bom croissant, vai?), exposições grandiosas, restaurantes que representam muito bem a culinária de seus países (Bruxelas tem uma vibe cosmopolita nestes quesitos cultura e gastronomia)… Ah, se você quiser conhecer um pouquinho dos doces belgas, você pode encomendar os produtos da BeZa, que são incríveis. A começar do waffle.
Bem, voltando à Bruxelas, me apeguei demais à Galeria St-Hubert e à rua que nasce dela: rue des Bouchers, que na época medieval, abrigava o mercado de carnes. Hoje em dia tem um monte de cafés e restaurantes – é uma rua que manteve as fachadas originais (mais abaixo vou indicar um restaurante que amei nesta rua). É um tanto turística mas… somos o quê, né, Brasil?
A grande-place é o principal cartão postal da Bélgica e realmente é um lugar suntuoso, imponente e que não cabe na foto, sabe? Tipo aqueles lugares que nem de perto transparece o que é de verdade, em apenas uma imagem. Sugiro visita tanto de dia quanto de noite.
Um passeio que me fez dar pulinhos de alegrias foi a Cook and Book, é bem distante do centro mas vale o deslocamento – uma livraria com várias salas temáticas e muitos restaurantes. Amei demais este lugar.
Outro passeio que gostei muito foi o Parc du Cinquantenaire, construído pelo rei Leopoldo II, logo na entrada você vê um arco e dois museus, optei em ir no Musée Royal de l’Ármé et d’Histoire Militaire, que é um museu e-nor-me, com uniformes de guerra, canhões e um espaço todo cheio de aviões, um tanto impressionante. Bem diferente do Memorial de Guerra que visitei em Caen, e que vou citar no post sobre a Normandia.
Outro passeio que adorei foi ter conhecido o Palais Royal, que tem uma sala com tantos lustres de cristal que fiquei doida, adoro visitar esse tipo de lugar.
Uma coisa que me chamou muita atenção: pelo menos umas 6 pessoas diferentes pediram para que a gente tomasse cuidado com o celular e a bolsa, pois a cidade está recheada de batedores de carteira.
Escolhi somente um museu para visitar, o Bozar, excelente pedida para quem curte arte contemporânea. Várias exposições diferentes em um mesmo lugar.
Eu sou a louca da dança, sabe? Todo país que viajo eu pré-ci-so assistir a algum espetáculo de dança, amo! E em Bruxelas estava tendo o festival de dança internacional, em um espaço muito bacana, Les Brigittines. Assistimos a um grupo francês de dança contemporânea, foi bem legal.
Fizemos um bate-volta de trem (menos de uma hora de viagem) para a cidade de Antuérpia – por sorte, uma amiga viu pelo instagram que eu estava em Bruxelas e me mandou várias dicas da cidade, amei ter ido, achei uma cidade super jovem, alegre, cool e com um monte de coisas para fazer. Valeu muito a pena ter passado o dia lá.
Veja algumas imagens dos passeios que adorei (mais abaixo vou falar dos restaurantes)
A galeria linda, St-Hubert, com várias lojas de chocolates, lojas chiquetosas de marcas famosas, cinema e teatro
A charmosa rue des Bouchers, com vários cafés e restaurantes
O Palais Royal, com seus lustres e escadaria “uau”
Arco do Triunfo
Musée Royal de l’Ármé et d’Histoire Militaire
A Grand-Place, o cartão postal da cidade, que merece ser visitado tanto de dia quanto de noite
Aqui começam as dicas de restaurantes :-)
Na verdade essa é uma dica de passeio-restaurante! É o Cook and Book (veja endereço e horários de funcionamento)
Um lugar bem distante do centro, mas único! Tem vários ambientes, vários livros de arte e vários restaurantes lá dentro. Um passeio muito bacana tanto para adultos quanto para crianças. Aos domingos tem brunch em um dos restaurantes.
Amei o hambúrger, que vinha com focaccia, fritas (claro, estamos na Bélgica) e saladinha
A La Mort Subite Brasserie (veja endereço e horários de funcionamento)
É o tipo de lugar que todo mundo vai te indicar para ir: tradicional, super antigo e ótimo para beber. Para comer, já nem tanto. Cheguei com fome e pedimos um prato de frios e uma omelete (estava bem gostosa, mas o cardápio para comida é bem enxuto).
A omelete estava muito boa: ponto para a manteiga!
Al Barmaki (veja endereço e horários de funcionamento)
Eu sou do tipo que não nega comida libanesa, sabe? Essa daí é especial, muito bem feita, mas tome cuidado porque as porções são bem grandes, erramos demais na pedida e o garçom nem avisou que era muita comida. Ponto alto: falafel e a coalhada.
Falafel estava com a crocância perfeita
Les Armes de Bruxelles (veja endereço e horários de funcionamento)
Restaurante tradicional, do tipo que o garçom vem à mesa todo sorridente, uniformizado, e com um décor bem bonito. A comida é muito boa, acho que foi o melhor restaurante que fomos por lá.
Carré de cordeiro dos deuses, estava muito saboroso
A vitela estava crocante e muito macia, acompanhada de legumes, saladinha e manteiga de ervas
Profiteroles, tem que ter, claro, ainda mais se for com chocolate belga (e repare na baunilha de verdade do sorvete)
Little Asia (veja endereço e horários de funcionamento)
Restaurante vietnamita (amo muito). Com décor super romântico e um cardápio bem convidativo (só não é barato). A chef, ao final da refeição, veio conversar com a gente na mesa, vendeu o seu livro de receitas vietnamitas e ainda contou que faz programa na televisão.
Esse era um mix de entradinhas que dá para ter uma ideia de vários sabores vietnamitas, super recomendo
Dividimos o tom xao lan: camarões com curry, vegetais e arroz
Le Pain Quotidien (veja os endereços mais perto de você)
Ah eu sou super apegada à rede! Se você estiver em São Paulo, vale muito a pena marcar de tomar um café da manhã por lá. Eles têm uma super preocupação com ingredientes saudáveis e orgânicos e têm pães deliciosos (e doces também).
Dá também para almoçar uma saladinha ou um tartine, por exemplo
Ah, as vitrines!
Sim, sim, dá para ficar tipo a louca fotografando as vitrines com seus chocolates encantadores e convidativos.
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E para finalizar o meu post, vou falar um pouquinho de Antuérpia para vocês. No meio da viagem, recebi um e-mail gigante de uma amiga com várias dicas da cidade de Antuérpia. Ainda bem que ela me mandou este e-mail (ai, obrigada Mi), porque adoramos conhecer a cidade, a começar da estação de trem, veja que linda:
Uma das lojas do famoso chocolatier Dominique Persoone fica em Antuérpia (Paleis op de Meir, 50) e nesta rua, tem muitas lojinhas bacanas para visitar, adorei!
Um dos passeios que ela indicou e que a gente adorou é o St. Annatunnel (na ponta da kloostertraat): túnel que atravessa o Schelde por baixo. A escada rolante que te leva a 500 metros pra baixo da terra é de madeira. Tudo lindo, antigo, art-decó… Muita gente faz o percurso de bike pelo túnel (é incrível e gigantesco, se for claustrofóbico não vá), para chegar na vista da cidade pelo outro lado do rio, que é inesquecível (foto abaixo)
É mais bonito que isso, juro! O dia estava feio…
In The Roscam é um café bem legal na Vrijdagmarkt, que é uma praça no centro que faz um leilão a céu aberto às sextas-feiras. O lugar tem comidinhas do dia, super delícia com um preço muito honesto e frequentado por locais
Saladinha de quinoa super saborosa, cheia de coentro, salsinha e queijo feta
Sempre tem a sopa do dia…
E um bolinho de chocolate belga para finalizar este post de uma forma bem doce :-)