Eu e meu marido passamos 13 dias viajando de carro pela região na Normandia e Bretanha – uma região encantadora, cheia de história em suas ruelas medievais. Vou postar tudo em vários posts, para que não fique muito cansativo – então esta semana eu vou postar todos os dias sobre um lugar diferente. A grande beleza de viajar por essas duas regiões é se perder nas estradinhas de carro. E na história de cada lugar (muito tristes aliás, como a guerra dos 100 anos e a segunda guerra mundial, que deixou sua marca em quase todas as cidades desta região). A estrada já é um passeio e tanto (fiquei encantada com as paisagens e as vaquinhas, sério, elas são lindas, parecem de desenho animado). Hoje vou falar da primeira cidade que conhecemos (e nos hospedamos, dormimos por lá 3 noites) ROUEN. Acho que foi a cidade que mais gostei.
Eu me apaixonei de cara por Rouen, a começar pelo hotel que ficamos, em uma ruela de pedra, muito estreita e perto de tudo. Rouen é uma cidade antiga mas frequentada por gente jovem, com muitos bares e restaurantes, com lojas de grande porte, como a Primptems. O que mais me impressionou na cidade foi a Cathédrale de Notre-Dame, gótica e linda de morrer – mas me impressionou muito mesmo – fazendo uma pesquisa rápida na internet, esta é a sétima igreja mais alta do mundo e a mais alta de toda a França. Por onde você se perder na cidade, você vai enxergá-la de longe. E para completar o encantamento, todo ano, no final do verão, eles fazem o show de luzes (veja o vídeo, que infelizmente está sem som e não é nem metade do que é ao vivo). A cidade foi toda destruída pela segunda guerra (e reconstruída como era antes), é a cidade onde Joana d’Arc foi presa e queimada, motivo pelo qual na cidade existe um museu em sua homenagem. Rouen é também a cidade natal de Gustave Flaubert, que é algo que me deixou realmente feliz, porque seu livro Madame Bovary me tocou profundamente. Acho mesmo este livro incrível (vicê já leu?). E você pode conhecer a casa onde ele nasceu, que hoje funciona o Museu de História da Medicina (pois seu pai era chefe-cirurgião neste hospital). Um museu imperdível é o Beaux-Arts, com obras de Caravaggio, Renoir e Monet (como o quadro que ele pintou da catedral de Rouen).
Place du Vieux Marché, onde Joana d’Arc foi queimada aos 19 anos. Uma praça hoje cheia de restaurantes charmosos, uma igreja e uma freirinha de rua
A pequena feira de rua e o “xis” do meu amigo da banquinha: “Moço, embrulha tudo para viagem?”
A cidade é muito charmosa também à noite, dá para conhecer tudinho a pé
Aqui é a casa onde Gustave Flaubert nasceu. Seu pai era chefe-cirurgião do hospital e ele morou aqui por muito tempo. Uma de suas frases, que me marcou: “Eu nasci separado por um muro, das piores mazelas do ser humano, talvez por isso eu seja fúnebre e cínico”
O pequeno jardim da casa de Gustave Flaubert é lindo
Museu imperdível é o Beaux-Arts, com obras de Caravaggio, Renoir e Monet, como o quadro que ele pintou da catedral de Rouen
Esta é a vista da cidade do pequeno museu da Joana d’Arc. Vale a visita, pois é um museu interativo que vai contar a história dela em forma de vídeos, em várias salas diferentes (não tem áudio guia em português)
Meu status na viagem: A Isa está em um relacionamento amoroso com a Cathédrale de Notre-Dame (gótica e linda de morrer). Gamei
Este daqui é o comecinho do show de luzes “ual”
O único restaurante que valeu a pena foi o Les Maraichers, que existe desde 1912. Tem comida boa e tradicional e os menus do dia costumam ter preços ok
Opção de entrada 1 do menu: ostras (algo muuuuito comum na Normandia e Bretanha)
Opção 2 de entrada: mousse de abacate, mussarela e tomates, com molho de beterraba
O peixe do dia estava ótimo, acompanhado de ratatouille, algo que eles amam colocar em seus pratos (muitos restaurantes serviam este acompanhamento)
Pato confit acompanhado de purê de batata e maçãs fatiadas (Normandia é a terra das maçãs)