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A ilha de Córsega combina com pessoas que gostam de praia, de natureza, de mergulhar e de lugares que ainda não foram tão explorados. Eu e o Breno não somos aquele tipo de casal que morre de amores pelo eixo areia-sol-mar (a gente ama montanhas e neve, por exemplo, o branco da minha pele não mente), mas não tem como negar: o mar deixa qualquer viagem muito mais sensual. Mas por quê a Córsega? O Breno meu marido, ficou um tanto obcecado pelo filme Os Intocáveis, que comprou o livro e se apaixonou pela história, cujo protagonista é de uma família milionária, lá da Córsega. Foi assim.
Você pode ir de barco de Nice até Ajaccio, por exemplo, que indico fortemente (ano passado cruzamos a França de carro, de Nice a Tours, o que nos deixou com um gosto de quero mais, veja aqui neste vídeo). No nosso caso, voamos de Paris a Ajaccio, e em Ajaccio alugamos o carro para rodar pela ilha. As estradas são super emocionantes: são penhascos atrás de penhascos e porque são belas a ponto de você querer parar o carro toda hora para tirar fotos. Todo cuidado é pouco. Além dos precipícios, existem muitos animais que adoram passear pelas pistas. Ficamos 17 dias. Nem pense em ficar menos de uma semana. Seria um pecado. O ideal é conhecer os 4 cantos da ilha, porque eles mudam muito de paisagem. Parece mesmo um mini-país. Bem, a gente também se apaixonou pela Grécia no ano retrasado, um dos lugares mais fantásticos que já fui na vida, então, na minha cabeça (veja fotos desta viagem aqui) a Córsega seria uma mini-Grécia e mais uma maxi-experiência. E foi.
A ilha fica a uma distância de 12 km de Sardenha, ou seja, às vezes parecia que a gente estava mais na Itália que na França. Pelas pessoas um tanto alegres e pelas comidas. No café da manhã, claro, as baguetes e os croissants eram os protagonistas, mas eu vou te contar que a cada esquina tinha uma pizzaria. Eles são mesmo vidrados em uma pizza. Todo mundo vinha falar com a gente em italiano – às vezes ficava em dúvida se tinha mais italiano que francês lá – é que parece que os brasileiros ainda não descobriam o Caribe francês, ou seja, não existe uma alma brasileira lá, pelo menos não nos encontramos com nenhuma. Não podemos deixar de mencionar esta alma italiana da ilha, claro, pois do século 11 ao século 13, a Córsega foi governada pela cidade-estado italiana Pisa e substituída em 1284, por Gênova. Eles declararam independência, que foi liderado por Pascal Paoli, mas durou pouco. A gente percebe este passado “italiano” em cada esquina.
A culinária é um capítulo à parte. Os queijos com muita personalidade (tem um queijo corsa que arde a língua e o queijo brocciu, um quebradiço queijo de cabra, ganhou meu coração). A charcutaria é fortíssima nos dois sentidos, vende em toda esquina e é forte também de arder a língua. Eles são especialistas nos biscoitos de nozes ou amêndoas, produzem o próprio azeite e a cerveja é feita da castanha, e que o Breno ficou bem viciado. E claro, os frutos do mar. Lembre-se, estamos falando de um lugar que é todo banhado pelo mar mediterrâneo (suspiros e mais suspiros).
Região de Porto (ficamos em Piana)
Piana foi a primeira cidade que paramos. É um vilarejo muito peculiar e pacato (eu me senti a própria Madame Bovary), mas com praias lindíssimas por perto. Fica a uma distância de 1 hora e 30 minutos, mais ou menos, de Ajaccio. Tem um “q” de Santorini!
Você está vendo aquela casa ali sozinha, no meio das montanhas, com uma vista privilegiada do mar mediterrâneo? É o hotel que ficamos, Les Roches Rouges, uma casa de 1912. Tem um preço honesto, e deixou a experiência ainda mais rica. Preste muita atenção em Les Calanques de Piana, são de outro mundo!
Esta foi uma das praias mais bonitas da viagem: Ficajola. Não tem banheiro, não tem nenhum bar, mas tem a mágica e transparência que o mar mediterrâneo pode oferecer. Leve seu picnic e seja feliz.
Ficajola é mesmo especial (e escondidinha).
Arone já é uma praia mais conhecidinha e mais povoada, com um restaurante imperdível: Café de la Plage.
A massa com lulas fresquinhas também uma ótima pedida.
O risoto de camarão é muito bem servido e com um sabor perfeito.
As lagostas, assim como os peixes frescos, são cobrados por gramas. Então eles costumam sair meio carinhos, tome cuidado.
Em todo lugar a gente pedia o café gourmet, que nada mais é que um café com petit sobremesas divinas.
Não falei que os animais adoram dar o ar da graça?
Os vinhos e licores também são famosos por lá.
Este é um exemplo de peixe fresco. O garçom traz o peixe cru, para você aprovar e depois assa e serve com alguma guarnição. Prática comum por lá.
O Porto vale uma visita. A praia não é das mais lindas, mas a pequena cidade tem um charme só.
Região Île Rousse
Chegamos em Nice! O agito, as ruelas com restaurantes, lojinhas, a pracinha, tudo me lembrou Nice! Gostei demais dessa cidade, completamente diferente de Piana.
Esta é uma das cidades mais populares, que fica pertinho de Île Rousse e que passamos o dia: Calvi. Tomar um café no porto é uma boa pedida. Mas as praias são tão lindas, com as montanhas emoldurando o mar. Vale muito a pena conhecer.
E em Calvi, tem a cidadela que vale muito a pena visitar. Essa cidade merece atenção especial.
Sant’Antonino é uma cidadela im-per-dí-vel. Que lugar mais lindo! E o restaurante I Scalini, indicado pelo Michelin, tem a vista mais sublime ever, que só tinha visto algo parecido, em Santorini. Ficamos sentados ali neste banquinho por hooooras contemplando a beleza das montanhas, de um lado, e o mar, de outro.
Île Rousse, como já disse, é repleta de ruelas com restôs. E tem um fantástico, que fiz umas das refeições mais memoráveis: Ulibecciu
Neste restô, o Ulibecciu, iniciamos os trabalhos com um crème brûlée de queijo chevre.
Meu risoto de lagosta, é sério: uma senhora lagosta, com um risoto molhadinho, apimentadinho, um leve toque de coco e especiarias, com espuma e uma apresentação linda, que leva um trio de manjericão. Matador.
Depois que provei a massa do Breno, de camarão com curry, senti uma invejinha: digno dos deuses.
A sobremesa, sem comentários! O chef já foi premiado por causa dela!
Região de Corte
Corte é o coração da Córsega. E é bem corsa. Reservada, cultural, e não tem praia, pois fica no miolinho da ilha.
Vale esquecer um pouquinho o mar e fazer uma visita a Corte, cheia de estudantes e com um museu com uma vista muito interessante.
Região de Bonifácio
Sim, o meu coração bateu por Bonifácio! A cidade bomba de turistas e esfrega na nossa cara em cada cantinho, toda a sua beleza. Nem pense em se hospedar fora da cidadela, o charme mora todo ali, do lado de cá do penhasco.
Mergulhadores em alto mar, na cidade de Bonifácio.
A cidade é toda cheia de falésias gigantescas e inesquecíveis.
Um passeio must-go: Île lavezzi. Você vai de barco, demora meia hora para ir e uma hora para voltar. O lugar é deslumbrante, mas é preciso levar água, comidinhas e os óculos de mergulhador porque ali, dá para ver muitos peixinhos!
Île Lavezzi é realmente encantadora.
O pôr do sol ali de Bonifácio, visto pelo porto, é algo digno de fotos e mais fotos. Escolha um restaurante ali das várias opções e aprecie (apesar dos melhores restaurantes estarem mesmo lá na cidadela).
Ali no meio dessas rochas, foi construída a escada de Aragão, que corta o sul da falésia. Dizem que os 187 degraus foram esculpidos em uma única noite para as tropas de Aragão invadirem a cidade, em 1420. Claro que eu não desci as escadas, não tenho essa coragem, Aragão, me desculpe!
Em Bonifácio existe um museu onde os soldados construíram uma escada enorme para se protegerem na Segunda Guerra.
Os cemitérios da ilha merecem ser visitados, em especial o de Bonifácio!
A feirinha de Bonifácio é um charme só, aliás, todas as cidades que visitamos, merecem uma visita em suas feiras charmosas, repletas de queijos e charcutaria.
Região de Ajaccio
Outra cidade que roubou meu coração: Ajaccio, a maior cidade da ilha, e é onde Napoleão Bonaparte nasceu. A cidade é inteira sedução. Me lembrou Roma, pelas ruelas e pelos restaurantes italianos.
A feira de Ajaccio merece uma visita beeeeem demorada!
A cidade é mesmo linda, não?
Um restaurante que indico em Ajaccio é o L’Altru Versu, com uma vista linda e uma comida muito bem executada.
Meu risoto de frutos do mar estava extremamente suave, com legumes fresquinhos.
A sobremesa do dia estava especialmente gostosa.
São muitas opções de restaurantes, o difícil foi escolher.
Um passeio que vale a pena, é conhecer o Museu Nacional da Maison de Bonaparte, lindo! Quase peguei o espelho dele pra mim, tipo, combina tanto com minha casa e décor!
A comida!
Eles têm muito orgulho dos queijos, eu indico o brocciu, de queijo de cabra, muito bom (o do cantinho do lado direito). Já o queijo corsa da esquerda ali da foto, é tão, mas tão forte, que arde a alma!
Esta foto eu tirei na feira de Île Rousse. Os frutos do mar são mesmo fresquinhos.
A pizza é a rainha da festa corsa, sério, tem em cada esquina!
Outro motivo de orgulho: a charcutaria.
O bacana de viajar pela França, é que a gente sabe que as sobremesas sempre serão muito bem executadas (mais do mesmo é bom, vai) e sem erro!
Prato típico: beringela gratinada recheada do queijo brocciu.
O festival de queijos que eles tanto se orgulham!
Outro prato típico: caneloni recheado do queijo brocciu.
E aí, animou? Eis o resumo da viagem:
Isaaaaa, fiquei super emocionada com o vídeo, sério. Uma lagriminha ficou beirando o olho de tão lindo o combo de imagens & música <3
Que lugar fantástico… faz tempo que tô pensando em me jogar em uma ilha no verão. Tinha pensado nas ilhas gregas mas ver esse seu post me deixou super animada pra conhecer a Córsega! Quem sabe ano que vem :)
Oi Bia, nossa, realmente lá é um lugar especial. Mas não vou negar, a Grécia tem um ziriguidum a mais que só Deus sabe, viu? Se quiser posso te contar mais detalhes dos dois lugares pra vc ver o que vai curtir mais. Um beijão, querida!
Isa que sonho
É surreal de tão lindo que sorte que você tem DIVA
te adoro ♥
Ha ha ha! Você é a única pessoa do planeta que me chama de Diva, adooorooooo! Rs.
Na minha infância li num livrinho comprado em banca de jornal, que em outra vida fui uma lavadeira na Ilha de Córsega!E não é que depois deste vídeo tenho quase certeza? Preciso ir urgente pra lá!! ;-) Beijos
Adriana, jura? Ha! Ha! ha! ha! Que incrível :-)
Isa, lindo, lindo, lindo!… Sem outras palavras, simplesmente adorável!
Oi Zina, muito obrigada, querida! beijo enorme!
Isa que vídeo lindo! Me emocionou de verdade!! Quero saber qual é a trilha sonora… Amei a música!
Patabéns pelo blog…. Estou sempre acompanhando, viu?
Um bjo!
oi prima, que fofa, obrigada!!!!! essa musiquinha comprei de um site que são musiquinhas que a gente pode usar sem ter problemas com direitos autorais, comprei neste site aqui: http://audiojungle.net beijão, Bru!
aaaaaamei! hahahaha principalmente o final, foi muito Roberta!!! hahaha
Parabenssss linda essa viagem!!
beijinhos e muito sucesso!!!
muito linda a ilha de córsega! tenho uma grande vontede de visita-lo, justamente o lugar onde NAPOEÃO BONAPERTE nasceu…
Uau! Impressionantemente linda!
Eu e meu marido conhecemosbessa libda ilha de Córsica, de moto. Foi maravilhoso
Excelente! Vou me basear em suas informações para minha viagem à Córsega.